Titulo Estágio
MODELO PARA ANÁLISE DA PROPAGAÇÃO DE FALHAS
Áreas de especialidade
Engenharia de Software
Sistemas Inteligentes
Local do Estágio
Coimbra, Taveiro
Enquadramento
Um dos pontos fundamentais do desenvolvimento, verificação e validação de sistemas críticos é a determinação da criticidade do sistema em causa. É esta actividade que resulta a definição do nível de rigor com que devem ser executadas as subsequentes actividades do processo de desenvolvimento de HW e SW. Esta determinação de criticidade assenta na análise de falhas, nomeadamente, qual a cadeia de eventos que pode levar à falha de determinado sistema e quais as consequências dessas falhas.
Para além da determinação de criticidade, a análise de falhas, serve para identificar e implementar barreiras que inibam ou minimizem a probabilidade de ocorrência das cadeias de eventos que levam um sistema a falhar de forma nefasta para os seus operadores ou ocupantes, para a integridade do próprio sistema ou do ambiente que o rodeia, ou que de outra forma, impacte negativamente a vida das pessoas que dependem do correcto funcionamento do dito sistema.
A análise de falhas em sistemas críticos assenta maioritariamente, desde longa data, em métodos como: Failure Mode Effects and Criticality Analysis (FMECA) e Fault Tree Analysis (FTA). Embora estes métodos se complementem um ao outro e sejam ainda os mais comuns na análise de falhas, têm limitações que não se coadunam com a eficaz análise de falhas em sistemas complexos. Por exemplo, no método FMECA os modos de falha são analisados um a um sabendo nós que, um sistema tipicamente falha devido não a um mas a uma combinação de modos de falha (ou combinação de falhas intermédias). O método FTA endereça a noção de falha final como resultado de combinações de falhas intermédias e de causas base, mas a construção de árvores de falhas para sistemas complexos é tudo menos trivial dada a multitude de combinações possíveis.
O tema de estudo aqui proposto visa portanto a identificação e implementação de uma abordagem alternativa aos métodos FMECA e FTA, que enderece de forma mais eficiente e eficaz a análise de falhas em sistemas complexos. O tema de trabalho em §1 contempla simultaneamente a exposição do problema e uma possível solução para o mesmo. Caberá no entanto ao Estagiário aferir se a solução proposta é adequada e exequível. Se este entender que sim, deverá analisar e detalhar os aspectos em falta. Se entender que não, deverá propor uma outra solução de sua autoria, podendo essa ser inspirada na aqui proposta. Em qualquer dos casos, cumprirá ao Estagiário implementar a solução escolhida por forma a determinar a eficiência e eficácia da mesma.
Objetivo
O trabalho aqui proposto tem uma duração aproximada de seis meses e visa uma colaboração entre a Instituição de Ensino Superior e a CRITICAL Software envolvendo, pelo menos, as seguintes pessoas:
• O aluno que subscreva e seja seleccionado para a proposta de estágio aqui proposta (i.e. o Estagiário);
• O orientador da Instituição de Ensino Superior responsável pela coordenação do trabalho do aluno (i.e. o Orientador Académico);
• O orientador da CRITICAL Software responsável por garantir a adequada integração do Estagiário na CRITICAL Software e o acompanhamento das actividades deste com vista a facilitar os meios necessários para o sucesso do trabalho (i.e. o Orientador Industrial).
Plano de Trabalhos - Semestre 1
O Estagiário é a parte responsável pela execução das actividades aqui propostas contando para tal com o apoio do Orientador Académico e do Orientador Industrial. O Estagiário é neste âmbito responsável por alcançar os seguintes objetivos e produzir os artefactos respetivos:
• S1.1: Análise do estado da arte sobre ontologias usadas na análise de falhas - a ontologia selecionada tem impacto nas caraterísticas do modelo de propagação de falhas e nas tecnologias que podem ser usadas para o construir;
• S1.2: Análise do estado da arte sobre abordagens, modelos e tecnologia para análise de propagação de falhas;
• S1.3: Pré-seleção de duas abordagens alternativas para a construção de modelos de propagação e análise de falhas - a implementação do modelo, que decorre no segundo semestre (S2), contribuirá para uma argumentação mais fundamentada sobre qual a melhor abordagem a seguir;
Plano de Trabalhos - Semestre 2
• S2.1: Desenvolvimento de protótipos para as duas abordagens selecionadas em S1.3, para fazer uma análise comparativa de ambas e selecionar a que for mais viável e/ou oferecer melhores resultados.
• S2.2: Desenvolvimento de um modelo ou aplicação de SW usando a abordagem selecionada em S2.1 e em conformidade com o tema de trabalho exposto em §1;
• S2.3: Relatório Final de Estágio, sintetizando o problema proposto, e se adequado o estado da arte no tema proposto, descrevendo a solução desenvolvida pelo Estagiário e os principais problemas que este encontrou e a forma como os superou;
• S2.4: Apresentação Final de Estágio sintetizando o trabalho desenvolvido e os resultados alcançados. O Estagiário deverá fazer uma apresentação pública nas instalações da CRITICAL Software.
Cabe ao Orientador Académico definir os moldes nos quais e os conteúdos essenciais que o Estagiário deverá endereçar no Relatório Final de Estágio.
Condições
O Orientador Académico e o Orientador Industrial são responsáveis por acompanhar o Estagiário garantindo que este tem as condições necessárias para a execução do estágio, incluindo acesso a instalações e materiais necessários para o efeito. A avaliação do Estágio é da responsabilidade da Instituição de Ensino Superior, sendo o Orientador Industrial responsável por prestar informações requeridas por esta para esse efeito.
A bolsa de estágio oferecida é de 450 euros
Orientador
José Veríssimo
jverissimo@criticalsoftware.com 📩