Propostas para selecção dos alunos

DEI - FCTUC
Gerado a 2024-07-16 10:57:19 (Europe/Lisbon).
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Titulo Estágio

(Re)Design de uma plataforma de voto acessível.

Local do Estágio

DEI-FCTUC

Enquadramento

Este estágio enquadra-se no âmbito de um esforço de investigação focado no desenvolvimento de uma aplicação que tenha por objetivo permitir a um eleitor com algum tipo de deficiência, possa votar em iguais circunstâncias com os demais eleitores. O artigo 10º da Constituição da República Portuguesa, diz expressamente que o voto é secreto. No entanto, existe uma lei eleitoral (lei do acompanhante infiel) que permite que o eleitor possa votar acompanhado, devendo o acompanhante guardar segredo de voto para todo o sempre.
Contudo, o voto acompanhado deixa de imediato de ser secreto, De facto, quando o Estado obriga um eleitor a votar acompanhado, ou porque não consegue desenhar uma cruz, ou porque não consegue dobrar o boletim de voto, o Estado humilha os eleitores. Se por um lado estas leis e métodos de voto seriam compreensíveis no século XX, tal não se justifica dado o atual estado de desenvolvimento tecnológico, existindo já formas de ultrapassar estas limitações. Este é o desafio des

Objetivo

O design e desenvolvimento desta nova aplicação, que será fundamentalmente um sistema de voto presencial, deverá funcionar em modo Quiosque, de forma a garantir que o sistema operativo apenas permita correr aquela aplicação, sem acesso a mais nenhuma opção do sistema operativo. Visto a aplicação obrigar a um voto presencial, esta terá de funcionar desconectada da rede, por razões de segurança. Deverá ainda ser pensada para ser totalmente configurável de eleição para eleição, devendo ser totalmente acessível a todas as pessoas com diferentes tipos de deficiência, e para pessoas com mais idade e com dificuldades.

De notar que já existe uma aplicação com provas dadas, tendo recebido o Award do ZeroProject#23 que é uma organização pertencente às Nações Unidas. Contudo, a aplicação precisa de ser melhorada para abranger mais requisitos e periféricos adicionais, visando permitir uma maior interação do sistema com as (in)capacidades de cada utilizador.

O acesso pode ser feito por acesso a um url online, mas depois de descarregada a aplicação, esta deverá poder funcionar em modo offline.

Plano de Trabalhos - Semestre 1

- Analisar o estado da arte relativamente a plataformas de voto, em particular plataformas de voto acessível
- Estudar e compreender diretivas de acessibilidade, tecnologias e serviços existentes, e principais tipos de deficiência
- Analisar e avaliar a plataforma de voto acessível existente e determinar necessidades de redesign, considerando os principais perfis de utilizadores com deficiência
- Escrever os capítulos iniciais da dissertação

Plano de Trabalhos - Semestre 2

- Redesenhar a plataforma de voto acessível existente, propondo e ensaiando diferentes propostas
- Explorar e ensaiar propostas de design que permitam a utilização da plataforma pelos principais tipos de perfis de utilizadores com deficiência
- Desenvolver e implementar, através de protótipos com níveis de fidelidade crescente, interface de front-end da plataforma de voto acessível existente
- Definição e aplicação do guião de teste e validação da proposta de interface desenvolvida com utilizadores finais, considerando os principais tipos de perfis de utilizadores com deficiência
- Análise e síntese dos resultados da avaliação
- Rever os capítulos iniciais da dissertação (se necessário) e escrever os restantes capítulos da dissertação

Condições

A capacidade de trabalho em equipa será essencial, dado que o candidato ficará enquadrado no grupo onde estará presente o representante da empresa que desenvolveu a aplicação atual, e por isso pode estar a dar um acompanhamento constante aos desenvolvimentos e decisões a tomar.
O código terá de ser versionado (espaço git a fornecer).
Este trabalho será levado a cabo em colaboração com a equipa da SOFTINSA/IBM, sendo também disponibilizado um local de trabalho no CISUC (Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra). O aluno será envolvido na dinâmica diária do funcionamento do projeto e do grupo, participando ativamente em reuniões de coordenação/acompanhamento e nos processos de análise de tomada de decisão.

Observações

A posse de competências sólidas nos aspetos de desenvolvimento de software, capacidade de abstração e programação por objetos e curiosidade de investigação de soluções de inclusão, que é uma área em forte crescimento. Boas competências em desenvolvimento de software, juntamente com a autonomia e o gosto de aprender serão igualmente cruciais para o sucesso do candidato.

O estágio será co-orientado pelos Profs Paula Alexandra Silva e Tiago Cruz, e do lado da empresa Softinsa, pelo arquiteto de sistemas Rui Coimbras.

Orientador

Paula Alexandra Silva e Tiago Cruz
paulasilva@dei.uc.pt 📩