Titulo Estágio
Modelação 3D de ambientes virtuais para aplicações de reabilitação no autismo
Local do Estágio
IBILI
Enquadramento
As Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) são caracterizadas por défices de interação social, défices de comunicação e comportamentos repetitivos e estereotipados. Não existe actualmente cura para o Autismo, o que faz com que intervenções para a reabilitação de competências sociais nesta população tenha um relevo cada vez maior. A realidade virtual permite a simulação de ambientes naturalistas do dia-a-dia dos utilizadores, estabelecendo oportunidades de aprendizagem de competências de um forma segura e controlada.
Vários argumentos sustentam a aplicação de realidade virtual. O facto de ser um ambiente seguro e controlado permite testar actividades que na realidade representam algum risco físico (atravessar a estrada, por exemplo). O facto de ser possível manipular a complexidade dos ambientes, simplificando-os a um nível tolerável para os utilizadores com autismo representa também uma forte motivação para aplicação desta tecnologia nestes indivíduos. Além disso, o facto de se poder ir alterando os ambientes mantendo os conceitos base permite treinar a generalização.
A criação deste tipo de ambientes e conteúdos desempenha, assim, um papel crucial no sucesso destas aplicações.
No IBILI dispomos de um laboratório de realidade virtual com sistemas de projecção 3D integrados com sistemas de captura de movimentos, capacetes de realidade virtual, frameworks de desenvolvimento 3D com colecções de avatares e animais, entre outros. Podemos proporcionar, desta forma, todas as condições para um trabalho sólido e com contacto com tecnologia de ponta.
Objetivo
Os objectivos do estágio passam pela definição, criação e aplicação de ambientes e conteúdos 3D que simulem espaços do dia-a-dia de um jovem com perturbações do espectro do Autismo. Exemplos de espaços podem ser salas de aulas, recreios, quartos, casas de banho.
A fase de definição implica pesquisa bibliográfica, levantamento de requisitos e planeamento do desenvolvimento dos diferentes ambientes.
A fase de criação e avaliação funcionarão iterativamente em ciclos fechados, em que cada iteração deverá gerar um ambiente (novo ou melhorado) e ser avaliado junto dos investigadores e terapeutas que os aplicarão.
Plano de Trabalhos - Semestre 1
01-Set a 15-Nov:
- Pesquisa sobre o estado da arte;
- Definição das tecnologias a usar;
- Ambientação com o projecto, a equipa e as tecnologias a usar.
16-Nov a 31-Des:
- Levantamento de requisitos para os ambientes;
- Definição dos ambientes e conteúdos.
01-Jan a 15-Fev:
- Sketch dos primeiros ambientes e respectivos conteúdos.
Plano de Trabalhos - Semestre 2
16-Fev a 31-Mai:
- Implementação iterativa dos ambientes, respectiva avaliação e aplicação das melhorias desejadas.
01-Jun a 31-Jun:
- Escrita do relatório de estágio.
Condições
Ao estagiário será dado acesso à tecnologia necessária para desempenhar o plano de trabalhos;
Contacto com uma equipa jovem e multi-disciplinar que fornecerá um apoio contínuo ao longo do estágio: engenheiros informáticos, psicólogos, engenheiros biomédicos e terapeutas da APPDA-Coimbra.
Observações
Sem observações.
Orientador
Marco Simões
msimoes@dei.uc.pt 📩