Titulo Estágio
SI Polícia Municipal
Área Tecnológica
Sistemas de Informação
Local do Estágio
Câmara Municipal de Coimbra - Paços do Município
Enquadramento
Nos últimos anos a Câmara Municipal de Coimbra tem crescido ao nível dos serviços que presta ao munícipe e esforços têm sido efectuados para responder às especificidades funcionais de cada serviço.
Actualmente no âmbito aplicacional, muitos destes serviços revelam características específicas de negócio sendo necessário o desenvolvimento de aplicações adaptadas aos requisitos impostos por esses serviços e o SPM é exemplo disso mesmo.
Desde a sua criação em 2003, a definição de processos e a optimização dos mesmos tem sido uma prioridade, garantindo uma melhoria contínua nos serviços prestados ao munícipe. Os recursos informáticos são imprescindíveis para a boa implementação destes processos, conferindo-lhes maior eficácia e também maior transparência dos processos.
Tendo em conta o crescimento das necessidades deste serviço, face às novas valências e directrizes das entidades reguladoras dos processos (internas e externas), as aplicações existentes neste serviço carecem de uma reformulação às novas especificações de requisitos do serviço. Actualmente existem várias aplicações por área funcional que fariam sentido existir numa aplicação única transversal a todas as áreas de competência do SPM.
Assim sendo, o desenvolvimento de uma aplicação de arquitectura modular e integradora de serviços facultados por stakeholders externos representaria para o SPM uma melhoria no seu funcionamento e consequentemente na qualidade do serviço prestado ao munícipe.
Objetivo
Propõe-se para esta dissertação/estágio o desenvolvimento de uma aplicação para Gestão de Processos de Contra-Ordenações englobando processos de Trânsito e processos de Fiscalização.
Genericamente, pretende-se um sistema baseado na Web-based (cliente-servidor) que permita gerir os processos supra-mencionados: desde a constatação de uma ocorrência no decurso de um acto de fiscalização, à participação de munícipes, podendo dar origem ao levantamento dos Autos de Notícia, instauração do processo de contra-ordenação, notificação do infractor e notificação de entidades terceiras (que são stakeholders do processo) até à conclusão do processo.
O sistema deverá ser munido de um frontend para actores com o perfil de “utilizador” (existindo especializações deste) e de um backoffice para administração.
Os principais requisitos da solução são conhecidos e existem em três aplicações que actualmente se encontram em funcionamento neste serviço. Pretende-se - numa fase de elicitação de requisitos - definir os pontos comuns entre estas aplicações, convergindo os requisitos nelas implicitos nesta solução, bem como a elicitação de novos requisitos ainda não implementados.
Numa visão de alto-nível, o sistema deverá permitir um conjunto de funcionalidades tais como:
· Criação de perfis de utilizador;
· Parametrização de regras de negócio da aplicação (ex: questões legais, prazos de prescrição, inserção de decretos lei, etc);
· Sistema de alertas de aviso ao utilizador - assumindo os prazos impostos por lei e informando os funcionários dos estados dos processos automaticamente;
· Desenvolvimento de relatórios com a criação de marcadores próprios provenientes de campos em base de dados (BD);
· Definição de fluxos de utilização;
· Gestão do Processo de Contra-Ordenações de Trânsito: criação de processos de autos de contra-ordenação trânsito e de bloqueamento (com base no registo de talões), acompanhamento da evolução interna e externa do processo sob a forma de histórico, sistema de pesquisa e consulta de dados, sistema de controlo da receita, impressão e apensação de oficios, de notificações ao proprietário, comunicação a entidades externas (PSP, ANSR, GNR), emissão de talões de aceitação, avisos de recepção, pedidos de identificação e criação de Autos, emissão de Autos de Bloqueamento, associação gráfica de danos existentes nos veículos rebocados, etc.;
· Gestão de Processos de Fiscalização: registo da constatação de ocorrências durante actos de fiscalização, registo de participações de Munícipes, documentação de acompanhamento da fiscalização, elaboração de Autos de Notícia, acompanhamento do processo remetido para contra-ordenação;
· Gestão de Contra-Ordenações: criação de processos por via de Autos de Notícia lavrados pelos serviços competentes e pelas entidades externas (ex: PSP, GNR, ASAE, etc.), acompanhamento da evolução interna e externa do processo (no âmbito da Unidade Orgânica com competência Jurídicas e Tribunal respectivamente) sob a forma de histórico, impressão e possivel apensação dos documentos gerados, controlo da receita e acompanhamento de Conta Corrente de pagamentos diferidos;
· Gestão de Veículos em Fim de Vida: registo de denúncias, criação de processos relacionados com os veículos abandonados, impressão e apensação de oficios, de notificações, editais e comunicação a entidades externas (PSP, ANSR, GNR e outras), impressão de relatórios, apensação de material fotográfico aos processos, acompanhamento da evolução interna e externa do processo sob a forma de histórico, sistema de pesquisa e consulta de dados;
· Há ainda que considerar a funcionalidade de georeferenciação da informação, comum às quatro aplicações existentes, além das demais especifidades próprias do negócio de cada uma delas.
Instituto das Tecnologias de Informação na Justiça (ITIJ)
É o caso da interligação com o ITIJ. Esta entidade que faculta o acesso ao registo da conservatória automóvel através de uma ferramenta de consulta Web-based sendo esta vital para o desenrolar dos processos de Contra-Ordenação.
A consulta a esta base de dados é efectuada numa base diária, processo este condiciona a fluidez na gestão de processos do SPM já que este sistema representa uma “ilha” em termos de informação, obrigando o “utilizador” a dispender tempo na sua pesquisa e na posterior inserção dos dados daí provenientes nas aplicações de gestão de contra-ordenações actuais.
Assim pretende-se a interligação do sistema com o sistema do ITIJ para pesquisa e obtenção de informações no registo da conservatória automóvel via Web-Services que alimentarão automaticamente a base de dados com informação necessária, reduzindo a quantidade de recursos necessários que o processo actual exige e sendo este processo transparente para o utilizador.
Autoridade Nacional para a Segurança Rodoviária (ANSR)
Pretende-se que o sistema de numeração dos autos de contra-ordenação – que actualmente é fixado pela numeração pré-impressa nos autos existentes – passe a ser automatizado com base numa sequência prévia facultada pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) e a consequente automatização das referências multibanco que também são actualmente pré-impressas.
Associação de Informática da Região Centro (AIRC)
Dado que actualmente maior parte das aplicações desta câmara pertencem ao ERP da AIRC, pretende-se que o sistema se relacione com o sistema de gestão de base de dados (SGBD) da AIRC nomeadamente no âmbito das aplicações “Sistema de Gestão Documental” (SGD), “Taxas e Licenças” (TAX) e “Entidades”, visando reduzir a redundância nas actuais tarefas de inserção duplicada e centralizando assim a informação.
O ERP da AIRC faculta a Web-services necessário para este fim, sendo então este middleware a melhor forma para fazer esta ponte.
Sistema de Informação Geográfica Municipal (SIG-Municipal)
Actualmente encontra-se em processo de implementação um Sistema de Informação Geográfica (SIG) transversal aos diversos serviços da câmara. É de interesse que os dados georeferenciados do sistema sejam reflectidos no SIG-Municipal e que o sistema faculte ao utilizador a capacidade de visualização desta informação georeferenciada.
Plano de Trabalhos - Semestre 1
1º Fase de Incepção
· T1 – Conhecimento do domínio do problema;
· T2 – Definição da “Visão e Âmbito” do projecto;
· T3 – Identificação das principais funcionalidades do sistema;
· T4 – Planeamento do projecto (análise de risco, definições técnicas, estudo de viabilidade técnica, etc.)
1ª Meta – Compreender o domínio do negócio e estabelecer objectivos para a solução, definições técnicas e produzir entregáveis necessários
2º Fase de Elaboração
· T5 – Elicitação e Análise de Requisitos junto dos stakeholders
· T6 – Arquitectura da solução
2ª Meta – Compreender o domínio da solução e produzir os entregáveis necessários
Plano de Trabalhos - Semestre 2
3ª Fase de Construção
· T7 – Design da solução (F3, F5)
· T8 - Implementação de testes e desenvolvimento da solução
· T9 – Execução de testes
3ª e 4ª Meta – Entrega das demos e recolha de feedback dos stakeholders (F3 e F5)
4ª Fase de Transição
· T10 - Entrega e Implantação da solução
· T11 - Criação de documentação
5ª Meta – Entrega da versão final do produto e entrega do manual de utilizador
Condições
Será constituída uma equipa para este projecto. Será composta pelo estagiário do DEI e 2 elementos pertencentes à Divisão de Informática. Esta equipa será acompanhada por Engenheiros Séniores e por um Gestor da Qualidade do Projecto.
O local de desenvolvimento do projecto será nas instalações da DI.
O horário de trabalho será de acordo com a disponibilidade do estagiário e os restantes elementos da equipa.
Será utilizada a ferramenta “Dot Project” para as seguintes actividades:
- Planeamento e Gestão de projecto;
- Gestão de requisitos;
- Gestão de indicadores de desempenho, produtividade e qualidade;
Observações
Estágio não remunerado.
O estágio ocorrerá nas seguitnes datas:
· Data de início: 1 de Setembro 2010
· Data de fim: 30 de Junho de 2011
· Percentagem de afectação (disponibilidade horária):
o 1 de Setembro a 30 de Dezembro de 2010 - 40%
o 1 de Janeiro até meados Maio - 100%
o Meados de Maio a 30 de Junho – 100%
Orientador
Nuno Alexandre Couceiro Pimenta
nuno.pimenta@cm-coimbra.pt 📩