Proposta com alunos identificados

DEI - FCTUC
Gerado a 2024-12-12 13:12:15 (Europe/Lisbon).
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Titulo Estágio

Plataforma para deteção e prevenção de infrações, baseada em dados de tacógrafos

Áreas de especialidade

Engenharia de Software

Sistemas de Informação

Local do Estágio

Instituto Pedro Nunes, Coimbra

Enquadramento

A empresa SEEPMODE contactou o Instituto Pedro Nunes (IPN), mais propriamente o seu Laboratório de Informática e Sistemas (IPNlis), para desenvolver uma plataforma para deteção e prevenção de infrações, baseada em dados de tacógrafos.
A SEEPMODE é uma empresa portuguesa, constituída em 2007, e que conta com profissionais com mais de 20 anos de experiência no setor dos transportes rodoviários. Esta é uma organização especializada que oferece serviços de consultoria para as empresas de transportes, com soluções no âmbito da gestão de dados tacográficos, assistência legal e recursos de infrações [http://seepmode.com/quem-somos/].
O tacógrafo digital é um equipamento destinado a ser instalado em veículos dedicados ao transporte de passageiros ou de mercadorias, a fim de registar, de modo automático ou semiautomático, dados relativos à condução desses veículos e aos tempos de trabalho e de repouso dos condutores [http://www.imt-ip.pt/sites/IMTT/Portugues/TransportesRodoviarios/TacografoDigital/Paginas/TacografoDigital.aspx]. O sistema do tacógrafo digital permite, de uma forma fácil, comprovar se os motoristas e as empresas de transporte cumprem a legislação europeia sobre tempos de condução e de repouso dos condutores [http://www.imt-ip.pt/sites/IMTT/Portugues/TransportesRodoviarios/TacografoDigital/Documents/Tac%C3%B3grafo%20Digital%20-%20esclarecimento.pdf].
A SEEPMODE identifica como uma necessidade de mercado a existência de uma plataforma portuguesa, a disponibilizar a empresas de transportes e a condutores, que permita a análise dos dados tacográficos de modo automático, e assim facilitar na identificação de casos de infração e mesmo na prevenção destas. É ainda objetivo da SEEPMODE permitir que esta plataforma sirva de suporte às autoridades nacionais, para uma determinação exata das coimas a aplicar às infrações cometidas.

Objetivo

A SEEPMODE pretende o desenvolvimento de uma plataforma que permita a análise dos dados tacográficos, a fim de identificar e prevenir infrações relacionadas com os tempos de condução e de repouso dos condutores dos transportes de passageiros e de mercadorias. A plataforma a desenvolver será comercializada junto das empresas de transportes como um serviço Software-as-a-Service (SaaS). Deverá permitir a uma empresa de transportes registar os seus motoristas e as suas viaturas, e gerir os dados tacográficos destes (por exemplo, o carregamento dos dados extraídos dos tacógrafos digitais). Deverá ainda realizar a análise automática dos dados tacográficos para deteção de infrações e a geração de relatórios de atividade com base nesses dados. A plataforma deverá ser multi-tenant, permitindo a sua utilização, em simultâneo, por vários utilizadores, de diferentes tipos e pertencentes a diferentes entidades (empresas, autoridades nacionais, entre outras) garantindo o isolamento entre eles. Deverá ainda permitir a administração dos processos internos da própria plataforma, para controlo, por exemplo, das regras para deteção de infrações. O presente estágio enquadra-se no âmbito da tarefa de desenvolvimento da plataforma pretendida pela SEEPMODE, a cargo do IPN.
No âmbito deste projeto, pretende-se que o estagiário participe ativamente na especificação e conceção da plataforma como um todo, explorando a utilização de padrões arquiteturais e de design quando relevante, bem como na documentação dos seus requisitos e da sua arquitetura. No âmbito do desenvolvimento de funcionalidades, o estagiário participará diretamente na implementação dos requisitos identificados, integrado numa equipa multidisciplinar do Laboratório de Informática e Sistemas do IPN e seguindo os processos definidos pelo laboratório. O trabalho a realizar pelo estagiário deverá seguir as boas práticas de desenvolvimento de software, respeitar os requisitos especificados e os padrões definidos e contemplar a especificação, implementação e documentação de testes às funcionalidades implementadas e à plataforma no seu todo.
O estagiário deverá identificar, caracterizar e modelar os vários tipos de dados a serem recolhidos na plataforma, os vários tipos de informação a ser gerada e as várias análises e processamentos necessários para gerar essa informação. Deverá ainda identificar e caracterizar as várias vistas a serem disponibilizadas sobre a informação gerada, e os vários perfis de utilizadores que lhes terão acesso. Este conhecimento deverá ser documentado em requisitos que o estagiário deverá depois implementar.
A plataforma a desenvolver deverá ser acedida através de um browser, pelo que as tecnologias a utilizar deverão ser orientadas para a web. Assim, as tecnologias consideradas para desenvolvimento são a framework Ruby on Rails (Ruby) e a framework AngularJS (Javascript), complementadas com a aplicação de conceitos e tecnologias de autenticação como JSON Web Tokens, tecnologias para a interface de utilizador como HTML e CSS, e ainda tecnologias de armazenamento de dados como a base de dados PostgreSQL. As tecnologias a utilizar podem ser alteradas, em função das necessidades identificas na fase de conceção da plataforma.

Plano de Trabalhos - Semestre 1

Durante o 1º semestre, o projeto será composto pelas seguintes fases:
• F1 – Levantamento de requisitos (30% do semestre) – Especificação dos requisitos da plataforma, com foco na identificação e caracterização de: atores do sistema; funcionalidades da plataforma; restrições; riscos; ficheiros de dados tacográficos a serem tratados; análises e relatórios de atividade a serem produzidos. O outcome desta fase será aplicado na fase F3.
• F2 – Análise do estado da arte (20% do semestre) – Análise de soluções e de tecnologias a serem utilizadas. O outcome desta fase será aplicado na fase F3.
• F3 – Desenho (50% do semestre) – Conceção arquitetural e desenho da plataforma, com base nos outcomes obtidos nas fases F1 e F2.
Nota: o relatório para defesa intermédia do estágio deverá ser escrito ao longo do semestre.

Plano de Trabalhos - Semestre 2

Durante o 2º semestre, o projeto será composto pelas seguintes fases:
• F4 – Implementação (70% do semestre) – Implementação dos requisitos especificados em F1, seguindo as decisões arquiteturais tomadas em F3. O desenvolvimento deverá seguir a metodologia Test-Driven Development, com a implementação de testes unitários e de integração.
• F5 – Testes (20% do semestre) – Desenvolvimento de testes funcionais à plataforma desenvolvida, para verificação dos requisitos. Implementação de correções aos erros detetados.
• F6 – Deployment da plataforma e documentação (10% do semestre) – Revisão final da plataforma desenvolvida e disponibilizada para produção.
Nota: o relatório para defesa final do estágio deverá ser escrito ao longo do semestre.

Condições

Bolsa no valor de 400€ mensais durante um período de 6 meses. O valor pode ser revisto em alta mediante a avaliação do trabalho apresentado.

Orientador

Carlos Lopes
clopes@ipn.pt 📩