Propostas com Aluno Identificado

DEI - FCTUC
Gerado a 2025-08-10 02:23:30 (Europe/Lisbon).
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Titulo Estágio

Dados Geoespaciais e Indicadores Sociais: Uma Abordagem Visual

Local do Estágio

DEI

Enquadramento

Para compreender a realidade demográfica, económica e social de um país de forma objetiva e fundamentada é necessária uma recolha, análise e representação imparciais e de qualidade dos dados estatísticos. Estes dados permitem-nos identificar tendências, padrões de comportamento, desigualdades e transformações sociais ao longo do tempo; são fundamentais para o planeamento e organização da sociedade. Em Portugal existem duas entidades que se destacam neste processo: o Instituto Nacional de Estatística (INE) e o PORDATA.

O INE é uma autoridade estatística independente que, através de inquéritos, censos e estudos, recolhe dados sobre a população, o emprego, a economia, a saúde, a educação e o ambiente. Relativamente à recolha e análise dos dados, é uma autoridade muito credível mas, ao navegar no site (Portal do INE), vemos que os dados estão preferencialmente representados em tabelas que, apesar de serem modificáveis (o utilizador consegue adicionar e/ou excluir indicadores), dificultam bastante a identificação de tendências e a comparação entre os dados. A ausência de representações visuais intuitivas e que facilitem a interpretação dos dados estatísticos torna esses dados menos acessíveis.

O PORDATA é o portal estatístico da Fundação Francisco Manuel dos Santos que utiliza informação recolhida de fontes oficiais (nomeadamente do INE, por exemplo) e apresenta essa informação através de gráficos e mapas interativos. Apesar de ter representações visuais que facilitam a interpretação dos dados, também tem algumas limitações. Por exemplo, os dados são quase sempre representados em gráficos de linhas (independentemente da sua natureza) e os dados são sempre representados na mesma cor e o utilizador não consegue comparar indicadores facilmente. Embora estes dados estatísticos sejam muito importantes, nem sempre mostram todas as dimensões da realidade; estão muitas vezes centrados em categorias administrativas e deixam de lado dimensões sociais, culturais e políticas.

É assim necessária a exploração de um modo de representação de dados que seja democrático, interativo, de fácil compreensão e que privilegie a comparação entre indicadores para identificar padrões na sociedade, desigualdades e a influência de certos fatores na vida das pessoas.

Objetivo

A forma de representação de dados influencia muito a sua compreensão e interpretação. O objetivo principal desta dissertação é tornar a representação de dados (de instituições como o INE) mais democrática e acessível, simplificando a sua visualização com recurso a mapas e gráficos e propor que estes mapas e gráficos sejam vistos como sistemas de comunicação e não apenas como representações objetivas da realidade. Através de uma interface interativa, pretende-se: facilitar o acesso e a navegação dos dados, permitindo que utilizadores com diferentes níveis de conhecimento consigam explorar e interpretar a informação; apresentar os dados estatísticos de forma clara, integrando elementos visuais que destaquem tendências e desigualdades; e oferecer ferramentas de filtragem e personalização que permitam escolher indicadores e/ou áreas de interesse para promover uma experiência mais relevante e adaptada aos interesses de cada utilizador.

Plano de Trabalhos - Semestre 1

1. Revisão da bibliografia e Estado da Arte;
2. Análise das plataformas do INE e PorData;
3. Definição de requisitos;
4. Elaboração do Relatório intermédio da dissertação.

Plano de Trabalhos - Semestre 2

5. Prototipagem (com base no estudo anterior);
6. Implementação;
7. Testes e experimentação;
8. Escrita da Dissertação.

Condições

A dissertação será realizada nas instalações do grupo CMS do CISUC.

Orientador

Catarina Maçãs
cmacas@dei.uc.pt 📩